Caruaru

Município de Caruaru –                                                                                                                                                                                                                                                                                                Fonte: Adaptado do Mapa-Base da Prefeitura de Caruaru, 2006. http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=748192

Origem do nome

Apresentamos alguns dados históricos para inserir o leitor na formação deste município pernambucano. Entre 1580 e 1656 surgem evidencias sobre o que hoje é Caruaru.

  • Uma tese faz referência a Caruás, que significa fonte ou água que, no local, produziria moléstia nas criações.
  • Outra tese defende que o nome seria uma corruptela da palavra Caruari, que significa rio dos Caruarãs (duendes, ou entes do panteão mítico amazônico);
  • Enquanto outra defende a idéia que o nome origina de uma planta conhecida como Caruru, proveniente da África.

 

Surgimento

Sua localização geográfica favoreceu o desenvolvimento. Região de passagem obrigatória de transporte de gado do sertão para o litoral e de mascates para o interior.

De 1657 a 1658, Pernambuco era governado pelo capitão-general André Vidal de Negreiro, este concedeu a sesmaria de 10 léguas a seu sobrinho Antonio Curado Vidal. (Amaraji, Primavera, Chã Grande, São José dos Bezerros e parte de Caruaru).

Em 1671, sob o domínio do governador Fernão de Souza Coutinho, concede a segunda sesmaria de 20 léguas

ARAROBÁ, à família Vieira de Melo, capitão José Rodrigues da Cruz, tornando-se herdeiro da primitiva FAZENDA DO CARURU.

Em 1681, surge a Sesmaria do Caruru, doada pelo governador Aires de Souza de Castro a família portuguesa, chefiada pelo cônego Simão Rodrigues de Sá.

CARUARU (de povoado a cidade)

Das propriedades surgidas, a mais central e mais movimentada seria a que deu nome a sesmaria. Em pleno caminho das boiadas, ficava entre o Morro Caruru e o rio Ipojuca, fronteiriça a fazenda Santa Rosa e no centro do Lugar do Caruru.

Em 1781, o capitão José Rodrigues da Cruz, deu início à construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. De sua propriedade surgiu a Povoação do Caruru, depois vila e cidade. Neste ano a Feira de Caruaru passa a se configura em torno da capela.

Em 1811, cria-se o município de Santo Antão, em fase disso, Caruru desliga-se do Termo de Olinda, para integrar-se a jurisdição da Vila Santantense.

Em 1812, a Câmara Municipal de Santo Antão, nomeia o 1º juiz para o Distrito do Caruru, por nome de João Ferreira da Costa.

Em 1848 o nome Caruru desaparece dos escritos, aparecendo CARUARU.

Em 1849, Caruaru torna-se município e sua Câmara Municipal é instalada.

Em 1857 Caruaru se tornou cidade, a primeira do Agreste pernambucano. Em 1895 o desenvolvimento da cidade ganhou impulso com a construção da Ferrovia de Caruaru.

Em 1896 foi fundada a banda Musical Nova Euterpe Caruaruense. Em 1900 foi fundada a Sociedade Musical Comercial Caruaruense.

CARUARU (durante a vida do mestre, no século XX)

Por meio de sua arte figurativa criou um importante meio de divulgar a cultura popular do homem do agreste. Nasce em 1909. Em 1917 começa a vender suas primeiras peças na Feira de Caruaru. Em 1920 cria a banda Zabumba Vitalino, na qual toca pífano

Em 1930 inicia figuras humanas. Em 1947 passa a ser conhecido. Participa 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, organizada pelo desenhista e educador Augusto Rodrigues no Rio (RJ). São publicadas diversas reportagens sobre o artista, como a editada pelo Jornal de Letras em 1953, com textos de José Condé, e na Revista Esso, em 1959.

Em 1955, integra a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras, em Neuchatel, Suíça. O Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e a Prefeitura de Caruaru editam o livro Vitalino, com texto do antropólogo René Ribeiro e fotografias de Marcel Gautherot e Cecil Ayres.

Em 1960 participou da Noite de Caruaru (no RJ), organizada pelos irmãos João e José Condé, suas peças foram leiloadas em benefício da construção do Museu de Arte Popular de Caruaru. Participa de programas de TV e exibições musicais, comparece a eventos, recebe homenagens, como Medalha Sílvio Romero. A Rádio MEC gravou 6 músicas da banda de Vitalino, lançadas  na década de 70.

Em 1961, atendendo a Prefeitura de Caruaru, doa cerca de 250 peças para inauguração do Museu de Arte Popular. Em 1963 Vitalino, faleceu por conta da varíola, morreu pobre, esquecido e sem auxílio do Estado.

CARUARU (no século XXI)

O município é formado pelos distritos sede de Carapotós, Gonçalves Ferreira e Lajedo do Cedro, além de 10 povoados. É o maior centro econômico do agreste pernambucano, e um dos maiores do Nordeste. Com 255 mil habitantes, é um pólo que concentra indústrias, comercio e cuja influência se espalha às cidades vizinhas e municípios da região.

Desde 2006 a Feira de Caruaru,  patrimônio cultural imaterial. Ela seu inicio se confunde com a história da cidade. Outra importante é a Feira da Sulanca (sulanca é o nome local para as costuras baratas e de baixo padrão), que atrai compradores de várias cidades de Pernambuco e outros Estados.

Concentrador da produção e venda de peças artesanais em barro, cerâmica, madeiras, entre outros, Caruaru tem na arte um dos seus principais setores econômicos. O artesanato é o setor que apresenta maior potencialidade de desenvolvimento, junto aos produtos alimentícios e à confecção.

Conta com cursos universitários por meio da UFPE e da UFRPE, alem da FAFICA e da FIVIP. A infra-estrutura da cidade ainda conta com aeroporto, parque industrial, autódromo, estádio de futebol.