Mestre Vitalino

Mestre Vitalino: da brigadeira a arte figurativa

Vitalino nasceu em Ribeira dos Campos, 10 de julho de 1909 — faleceu em Caruaru, 20 de janeiro de 1963). Ainda pequeno Vitalino ia modelando boizinhos, jegues, bonecos, pratinhos com as sobras do barro que sua mãe lhe dava, para que não atrapalhasse e ao mesmo tempo se divertisse.

Cria, na década de 1920, a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal.

Por volta de 1930, com 20 anos, Vitalino fez os seus primeiros grupos humanos, com soldados e cangaceiros, representando o mundo em que vivia.

Na década de 40 muda-se para o povoado Alto do Moura, para ficar mais próximo ao centro de Caruaru.

Sua criatividade desenvolveu de tal maneira que acabou se tornando o maior ceramista popular do brasil.

Mestre Vitalino: da brigadeira a arte figurativa

De certo modo como o Mestre Vitalino não tinha medo de ser copiado ele criou entre os artesões a relação de solidarismo e cooperativismo. Quando os “bonequeiros” recebiam uma grande encomenda costumavam trabalhar em grupo. Se havia espaço no forno queimavam também as peças do companheiro; quando estavam participando da feira, expunham e vendiam também os trabalhos dos que não podiam estar presentes; se o freguês quisesse uma peça não disponível, levavam o cliente para ser atendido por outro. Estas e outras formas de convivência demonstra o bom relacionamento que existia entre Vitalino e seus seguidores.

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Mestre Vitalino: da brigadeira a arte figurativa

Passou a ser reconhecido como ceramista popular brasileiro, Mestre Vitalino, foi um artesão mundialmente conhecido por retratar em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino. Esta retratação ficou conhecida entre especialistas como arte figurativa.

Parte de sua obra pode ser contemplada no Museu do Louvre, em Paris, na França.

No Brasil, a maior parte está nos museus Casa do Pontal e Chácara do Céu, Rio de Janeiro;

no Acervo Museológico da UFPE, em Recife;

no Museu do Barro e na Casa-Museu no Alto do Moura, em Caruaru.

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Eu crio pela cadência, isto é, pelo ritmo. Faço o que vejo, mas também o que não vejo.

 Mestre Vitalino

Mestre Vitalino

capa do disco, com Vitalino e seu grupo de pífano

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